Para aliados, movimento indica que Lula não deve mexer na estrutura da pasta
1 de 1 General Marcos Antonio Amaro dos Santos, durante posse como chefe da Casa Militar da Presidência
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem um favorito para assumir o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a demissão do general Gonçalves Dias. Na quinta-feira, horas antes de embarcar para Portugal, ele chamou o general da reserva Marco Antonio Amaro dos Santos para uma reunião no Palácio do Planalto. A rapidez com que buscou um substituto, segundo aliados, indica que Lula não deve mexer por enquanto na estrutura da pasta, como defende uma ala do governo.
O general Amaro, como é conhecido, foi uma espécie de sombra de Dilma, primeiro na Secretaria de Segurança Presidencial e, depois, como ministro-Chefe da Casa Militar, pasta que substituiu o GSI no governo da petista. Ele ficou no posto até o impeachment em maio de 2016. Depois, Amaro foi comandante militar do Sudeste e chefe do Estado-Maior do Exército. O general foi para a reserva em janeiro.
O encontro com Amaro foi um dos últimos compromissos de Lula antes da viagem à Europa. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também participou da reunião. O presidente ficou de conversar novamente quando retornar da Europa, na quinta-feira.
Veja novas imagens da invasão da sede do Planalto
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Pista de acesso. Quando os manifestantes se aproximam, há apenas 10 policiais formando um escudo na pista de acesso ao palácio — Foto: Reprodução
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Circuito interno do dia 8 de janeiro mostra pânico entre funcionários — Foto: Reprodução
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Barreira de policiais recua em frente à entrada principal do Planalto — Foto: Reprodução
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Um dos invasores joga um líquido em um tapete, taca fogo e vai embora. Alguns minutos depois, volta, pisa no fogo e o apaga — Foto: Reprodução
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21:32Sala da PresidênciaLula chegou às 21h24m e subiu direto para a sua sala no terceiro andar. As imagens revelam a indiganção do presidente com a invasão e a irritação de alguns ministros — Foto: Reprodução
Imagens gravadas pelo circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro mostram os invasores no prédio
A saída de Gonçalves Dias deu força a um movimento pela extinção do órgão, tradicionalmente comandado por militares. A defesa dessa solução é encabeçada pelo delegado federal Alexsander Castro de Oliveira, que comanda a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.
O delegado-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, responsável pela indicação de Oliveira, também participa dessa articulação. A extinção do GSI conta ainda com o apoio da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
A favor da manutenção do GSI sob comando militar estão Rui Costa e o ministro da Defesa, José Múcio. Em Portugal, Lula disse que decidirá se a pasta será comandada por um civil ou um militar quando voltar ao país. Na viagem, Múcio defendeu publicamente a escolha de um militar o GSI.
A ala do governo que trabalha para o ministério continuar em seu formato tradicional argumenta que a mudança provocaria um grande desgaste com os militares, num momento em que Lula trabalha para pacificar as relações com a caserna.
De forma interina, o GSI está segundo comandado pelo jornalista Ricardo Cappelli, secretário executivo do Ministério da Justiça. A sua escolha foi anunciada no mesmo dia da demissão de Gonçalves Dias
A Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República, responsável pela proteção do chefe do Executivo, foi criada em janeiro para atuar até 30 de junho, enquanto o governo trabalha na “desbolsonarização” do GSI. A nova estrutura é formada predominantemente por policiais federais.
FONTE;O GLOBO
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